Autocuidado, autoestima, autoamor: qual é a de cada um?
Share



De vez em sempre surge uma pergunta que me cutuca. Esses dias, tenho refletido sobre autoamor, autoestima e autocuidado. Quais as diferenças entre essas palavrinhas aí? A que elas remetem? Autoestima tem sido usada como sinônimo de autoamor, mas nem é. Muitas vezes, ela fica só centrada em aspectos ligados a estimar o nosso valor. “Ah, miga, você é tão linda.” “Olha quanta coisa você conseguiu.” “Como você é esperta.” Daí em situações em que a gente não se sinta linda, no auge, quando a gente tropeça, pra onde vai a autoestima? Se ela se centra na nossa identidade de desempenho e sucesso, como fica quando nada disso tá em questão?

Autocuidado é delicinha, claro, mas pode acabar ficando só numa conversa sobre cuidados de superfície ou até esbarrando na autoindulgência, com atitudes que nem sempre são boas pra gente, num discurso do “ah, mas eu mereço”. O que é se cuidar de verdade? O Peninha cantava lá nos anos 80 e Caetano regravou: “quando a gente gosta é claro que a gente cuida”. Será que a gente tá se gostando? Será que a gente têm se amado mesmo? Independente da nossa rotina de skincare, quantos passos caminhou hoje, do que a gente consquistou ou deixou de conquistar, a gente se nutre com amor? Ou quando é pra gente mesma, opera na base do amor condicional? Ou seja, “só mereço amor se eu cumprir essa listinha de perfeição aqui”.

O que você faz por si mesma, só porque se ama? O que é autoamor, pra você?

Comentários