Momentos limite, momentos de crise, daqueles em que nos sentimos sem rumo, sem base, sem direção. Já se sentiu assim? #quemnunca
As coisas costumeiras mudam de lugar. Aquelas bases onde você costumava se segurar, já não sustentam ou não estão mais ali. Tudo que você tinha certeza se tornou incerto.
Falta ar. Respirar é pesado, respirar dói. Dói. Dói em lugares que você talvez nem soubesse que existiam. Dor e vazio.
Mas, sabe que existe outro lado? Aliás, existem muitos lados. Essa é a primeira revelação que a crise traz. Ela tira o véu da ilusão das nossas certezas. Andamos por aí como se fossemos os Reis da Certeza, até que momentos assim nos mostram que tudo isso não passa de uma ilusão de controle. Uma ilusão que nos faz agarrar cada vez mais a necessidade de controle para que mantenhamos as estruturas rígidas que nos fazem acreditar que estamos no controle, uma coisa perpetuando a outra…
Quando vem a crise, ficamos sem direção. Que bom! Aproveite o convite da vida a olhar para outros ângulos. Quem disse que a direção que você estava tomando (com aquela ilusão de certeza) era a única? E mais: quem disse que era a melhor, que lhe traria mais experiências e crescimento? A crise mostra o que você não poderia enxergar, se não se entregasse à jornada.
As coisas costumeiras mudaram de lugar? Uma oportunidade para contemplar outras coisas, sair do caixote protegido e limitado daquilo que você já conhece. As bases em que você se segurava não estão mais ali? Quem sabe agora você aprende a andar com as próprias pernas? Quem sabe agora você assume a responsabilidade pela sua liberdade? Essa dor que você está sentindo pode ser como a dor do parto, abrindo espaço para o novo nascer.
Está sem chão? Pode ter chegado a hora de voar.
Crises são oportunidades. Você aceita o convite da vida? Ou vai ficar resistindo? A escolha é sua. E os efeitos podem ser maravilhosos se você escolher parar de se encolher e aceitar o convite para alçar vôo.
(Depois confira a tradução de Blackbird, a música dos Beatles que deixei como fundo para essa nossa conversa. Ela é um hino para mim, quando preciso mexer minhas asas e voar, por mais escura que a noite possa parecer.)
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