A coragem de ser uma criadora imperfeita
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Ultimamente essa palavra tá na moda: autoridade. Geral falando que você precisa “demonstrar autoridade”, que precisa “ser uma autoridade no seu mercado”. Pois eu te digo: não quero ser uma autoridade. Eu, heim? Pra que eu vou desejar que as pessoas me obedeçam?

Eu quero é criar, fazer conexões humanas, contribuir com o crescimento das pessoas. Quero ser vista como alguém que também tá vivendo a própria jornada e tá compartilhando o que aprende e facilitando um olhar para novas possibilidades.

A autoridade se posiciona a partir de um lugar de perfeição e de um saber sedimentado (quando ouço “sedimentado”, só consigo pensar em cimento). Aí vem a Brené Brown e fala: “o que nós sabemos tem importância, mas quem nós somos importa muito mais.”

E assumir quem se é, compartilhar seu saber a partir do Ser, exige uma disposição para se deixar ser vista, para estar entregue, inteira, vulnerável. Isso é viver com ousadia.

A coragem de ser uma criadora imperfeita é a coragem de criar e compartilhar a partir de uma postura humana, através de uma proposta horizontal, que coloca coração no que faz, que se lança assumindo as incertezas da vida, estando presente e inteira ali. Uma criadora que entende que a compaixão e os vínculos humanos orientam sua criação, se envolve com aquilo que acredita e defende, a partir do seu coração aberto e aceso.

Quero me conectar e ajudar quem também tá nessa vontade de ser e criar com imperfeição e amor no processo. Pra quem tá disposta a dizer que constrói mapas, ao mesmo tempo que é viajante. Pra quem tá na jornada e sempre vai estar.

Faz sentido pra você? Quais pontos dessa conversa te tocaram aí?

 

– Na foto comigo, um dos meus livros preferidos da Brené Brown: A coragem de ser imperfeito

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